segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Considerações Finais

Por ser um parasita, os vírus necessitam de um organismo hospedeiro pra realizar suas funções metabólicas. Dentre todas as espécies de vírus, o HIV pode ser o mais fatal, por agir silenciosamente, destruindo aos poucos o sistema imunológico do hospedeiro.
O vírus HIV é responsável por transmitir a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), doença que enfraquece o funcionamento do organismo de forma muito agressiva e torna esse mesmo organismo incapaz de deter a doença e as demais que possam surgir oportunamente.
Sendo a AIDS uma patologia ainda incurável e que sua forma de contágio ocorre por muitas vezes pela irresponsabilidade do futuro portador, é necessário que hajam programas de intervenção cada vez mais intensos para deter a proliferação dessa doença que extermina muitas vidas de forma bastante violenta combinada com estudos mais avançados para destruir essa forma de vida que pode arrasar uma população.

sábado, 27 de novembro de 2010

AIDS e Fisioterapia

Nessa postagem, irei utilizar de um artigo publicado para demonstrar as áreas de atuação do fisioterapeuta quando se trata do assunto AIDS.

A FISIOTERAPIA NO CONTEXTO DO HIV/AIDS
The physical therapy in the context of HIV/AIDS

Ana Quezia T. Cavalcanti Nobre1, Isis da Silva Costa2, Kionna Oliveira Bernardes3
1 Discente de Fisioterapia da Faculdade Nobre de Feira de Santana - BA (FAN) e Bolsista do Programa Municipal DST/HIV/
AIDS. Feira de Santana, BA. Feira de Santana, BA - Brasil, e-mail: kel_nobre@yahoo.com.br
2 Discente de Fisioterapia da Faculdade Nobre de Feira de Santana - BA (FAN) e Bolsista do Programa Municipal DST/HIV/
AIDS. Feira de Santana, BA. Feira de Santana, BA - Brasil, e-mail: isiscostamed@gmail.com
3 Docente do curso de Fisioterapia da Faculdade Nobre (FAN), Mestre em Saúde Coletiva pela UEFS-BA, Especialista em Métodos
e Técnicas de ensino Superior em Saúde FDC-BA, Pesquisadora do Núcleo de Epidemiologia – UEFS. Feira de Santana, BA
- Brasil, e-mail: kionnabernardes@hotmail.com


Resumo

A epidemia do HIV/AIDS continua sendo um grande problema de saúde pública. Com base nesta afirmação, criou-se um trabalho de cunho bibliográfico com o objetivo dar suporte à ação do fisioterapeuta em frente à luta pela manutenção e otimização da qualidade de vida do portador de HIV/AIDS. Para tal, foram selecionados nas bases de dados Lilacs, Bireme, Medline, Pubmed, Scielo, artigos publicados entre 1993 e 2006, nos idiomas português, inglês, espanhol e francês, além de livros e textos de relevância científica sobre o assunto. Há um consenso entre os autores quanto às repercussões clínicas da sintomatologia da “doença” AIDS, porém são poucos os relatos da efetividade do tratamento fisioterapêutico para com estes pacientes. Tal estudo se faz importante devido à escassez de literatura específica sobre as conseqüências funcionais na síndrome da imunodeficiência humana versus o tratamento fisioterapêutico, dando margem para que novas pesquisas sejam realizadas nesta área.
Palavra chave: HIV/AIDS; Fisioterapia; Alterações funcionais; Qualidade de vida.

Abstract

The epidemic of the HIV/AIDS continues being a great problem of public health. On the basis of this affirmation, created a work of bibliographical matrix with the objective to delineate the action of the physical therapy to the HIV/AIDS carrier. For such, Lilacs, Bireme, Medline, Pubmed, Scielo, articles published between 1993 and 2006 had been selected in the databases, in the languages Portuguese, English, Spanish and French and books texts of scientific relevance on the subject. It has a consensus enters the authors how much to the clinical repercussions of the symptoms of “illness” AIDS, however the stories of the effectiveness of the physiotherapeutic treatment are few stop with these patients. Such study if it makes important due to scarcity of specific literature on the functional consequences in the syndrome of the immune deficiency human being versus the physiotherapeutic treatment, giving edge so that new research is carried through in this area, providing in such a way, the improvement of the quality of life to the infected and sick people.
Keywords: HIV/AIDS; Physical therapy; Functional alterations; Quality of life.

INTRODUÇÃO

A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) teve seus primeiros casos descritos em junho de 1981, em Los Angeles e Nova Yorque (EUA). Constitui-se hoje na maior e mais grave pandemia deste século, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existindo atualmente mais de 1,5 milhões de doentes e 10 a 20 milhões de indivíduos infectados em todo mundo, embora assintomáticos.
A disseminação pelo HIV/AIDS é hoje, no Brasil, um fenômeno de grande magnitude, devido aos danos causados às populações. Desde a sua origem, cada uma de suas sequelas tem sido exaustivamente discutida pela comunidade científica, poder público e pela sociedade em geral.
Em meio à diversidade dos desafios trazidos pela epidemia do HIV/AIDS, a assistência à
saúde dos indivíduos acometidos constitui um dos aspectos mais desafiantes. A complexidade e a variedade dos problemas suscitados pela AIDS exigem respostas por parte dos serviços de saúde que não considerem somente os aspectos clínicos, mas também os impactos sociais, psicológicos e econômicos associados aos estigmas e preconceitos que ainda a permeiam.
Este artigo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática de literatura de modo a dar
suporte à ação do fisioterapeuta em frente à luta pela manutenção e otimização da qualidade de vida do portador de AIDS. Tendo como questão norteadora: como a fisioterapia pode ser uma ferramenta terapêutica no controle e na garantia de qualidade de vida do portador de AIDS?

METODOLOGIA

O trabalho foi fundamentado numa revisão sistemática de material científico divididos em categorias de tese, dissertações, trabalho de conclusão de curso, livros, boletim epidemiológico e artigos publicados no período de 1993 e 2007, indexados nas bases de dados Lilacs, Bireme, Medline, Pubmed, Scielo; definindo-se como palavras-chaves: AIDS, HIV, terapia anti-retroviral, fisioterapia, e seus semelhantes em inglês e espanhol, complementada pela consulta a estudos citados nas obras localizadas.
Os critérios de inclusão obedeceram a cientificidade do conteúdo pesquisado, sendo assim,
apenas os trabalhos encontrados em revistas indexadas e bancos de dados científicos foram incluídos no universo amostral, que totalizou em 31 documentos de referência. Os critérios de exclusão foram baseados na atualização do conteúdo estando fora da seleção artigos que datavam do período anterior a 1993, bem como artigos sem indexação e/ ou qualidade científica. O material foi dividido segundo o conteúdo apresentado; alterações metabólicas e alterações funcionais.

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NO PORTADOR HIV/AIDS

O uso, em larga escala, de uma nova classe de anti-retrovirais para o tratamento da AIDS, deram um novo impulso ao tratamento desta doença através da introdução do Highly Active Anti-retroviral therapy - (terapia anti-retroviral de alta potência) “HAART”, no Brasil conhecido como terapia antirretroviral “TARV”, que leva a redução drástica dos casos de morte por AIDS. Apesar do aumento do número de indivíduos com AIDS, nos países em desenvolvimento, verifica-se que no Brasil, o programa de acesso universal à terapia anti-retroviral melhorou a morbi-mortalidade desses pacientes.
O uso prolongado de drogas anti-retrovirais (ARV) por pacientes HIV-positivos tem se associado, para além dos benefícios imunológicos e de controle da replicação viral, a alguns efeitos adversos. Entre estes, a toxicidade mitocondrial é dos que mais preocupam aos médicos que assistem a estes pacientes em virtude de seu potencial de morbidade e mortalidade. Expressando-se clinicamente pelo aumento dos níveis séricos de lactato, a toxicidade mitocondrial pode assumir formas leves, moderadas ou severas, sendo que as duas últimas associam-se mais freqüentemente a complicações com risco de vida aos pacientes (hiperlactatemia clinicamente significativa).
O HIV infecta o linfócito TCD4, célula essencial para a imunidade adaptativa. Durante o curso de uma infecção prolongada, que pode durar até 20 anos, a população de células TCD4, diminui de forma gradual, levando gradativamente ao colapso do sistema imune. Com a progressão da imunossupressão a incidência de doenças oportunistas aumenta, e o risco de morte associado a cada doença, individualmente, se modifica na dependência do grau de imunossupressão associada. As infecções oportunistas podem ser causadas por diversos agentes etiológicos, como bactérias, fungos, vírus, protozoários, parasitas, e levam às múltiplas manifestações de ordem neurológica, ocular, respiratória, digestiva e dermatológica (9). A morte usualmente resulta de uma dessas infecções oportunistas e não dos efeitos diretos da infecção pelo HIV. A conseqüência da infecção por HIV a longo prazo é que os pacientes se tornam severamente imunodeficientes, desenvolvendo a doença fatal conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS.
Há três sistemas orgânicos importantes que poder ser afetados com o processo infeccioso HIV/AIDS: o sistema respiratório, o trato gastrintestinal e o sistema nervoso; estes interferem na qualidade de vida do paciente com HIV além de trazer sérias complicações funcionais. Dentre os problemas respiratórios mais freqüentes são: a pneumonia causada pela infecção por Pneumocystis carini e infecções bacterianas incluindo Micobacterium tuberculosis.
Observa-se que as complicações neurológicas resultam dos efeitos diretos da infecção pelo HIV, das infecções oportunistas ou do linfoma que resulta de um dano ao DNA de um linfócito podem ocorrer também devido ao tratamento com anti-retrovirais, neuropatias periféricas e acometimento da medula espinhal. A toxoplasmose, uma infecção por protozoários, provoca o aparecimento de cistos cerebrais e déficits neurológicos. O citomegalovírus pode causar inflamação na retina, no cérebro e na medula espinhal e nas suas raízes nervosas.
No sistema musculoesquelético existem alterações, das quais as primeiras anormalidades apresentam-se como infecções ósseas e do tecido mole, dentre as quais se destacam a polimiosite, cujo principal sintoma é a fraqueza muscular, principalmente nos músculos do tronco; e a artrite, resultante de inflamações articulares, podendo ocorrer comprometimentos musculares, de equilíbrio e limitações funcionais.
As complicações secundárias ocorrem frequentemente aos vários padrões de compensação da marcha como resultado da síndrome da neuropatia periférica relacionada ao HIV ou da alteração da biomecânica do pé e do tornozelo devido ao sarcoma de kaposi (SK). O sarcoma de Kaposi é um tumor maligno do endotélio linfático. Os seus sintomas são lesões de cor cianótica, planas ou elevadas e com uma forma irregular, hemorragias causadas por lesões gastro-intestinais, a dificuldade de respirar por causa das lesões pulmonares e hemoptise também por lesões pulmonares.
O desenvolvimento de miopatias em pacientes com AIDS tem chamado a atenção da comunidade científica. Alguns fatores associados com a infecção pelo HIV poderiam resultar em disfunção musculoesquelética; alguns portadores de AIDS com miosite, a miopatia inflamatória pode ser resultado direto da infecção pelo HIV.
A mortalidade associada à AIDS está intimamente relacionada à incidência de doenças oportunistas, as intervenções preventivas tornaram-se uma prática necessária. A epidemia da AIDS atualmente, se caracteriza por uma dinâmica de contínua transformação e cabe ao profissional de saúde monitorar e avaliar estas modificações, rever estimativas e propor estratégias preventivas e assistenciais. A qualidade da assistência é um importante determinante do sucesso de programas dirigidos a doenças crônicas, como a AIDS. Além do impacto na mortalidade e na qualidade de vida dos pacientes, a assistência bem conduzida pode contribuir para o controle da epidemia.

FISIOTERAPIA: perspectiva de avanços e desafios para o portador HIV/AIDS

A Fisioterapia, enquanto ciência voltada à reabilitação e promoção à saúde do indivíduo HIV/AIDS tem um campo vasto de atuação. Entretanto é necessário compreender todo o processo infeccioso do vírus HIV, sua sintomatologia, além dos efeitos adversos e do uso longínquo dos “Coquetéis” - Anti-retrovirais – HAART.
Os déficits cognitivos de atenção, concentração e memória exigem consistência, estrutura e dicas ambientais para minimizar a confusão. Déficits de segurança e julgamento podem ser compensados por adaptações ambientais; através de exercícios e estimulação sensorial é possível modificar funcional e estruturalmente o cérebro, trocar sua organização somatotópica, incrementar conexões sinápticas, influir a orientação dendrítica.
No âmbito hospitalar e ambulatorial, o fisioterapeuta tem realizado avanços e contribuído na conquista do bem estar geral dos pacientes HIV/AIDS, tanto com ações preventivas bem como com intervenções reabilitadoras. Deve-se ressaltar a necessidade de um tratamento multiprofissional para os portadores do vírus. Durante todo o tratamento estes indivíduos devem ser acompanhados e orientados por uma equipe multiprofissional composta por médico, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, educador físico, entre outros, a fim de que alcance os objetivos de tratamento e uma melhor qualidade de vida.
A manutenção da resistência e da força, bem como a amplitude de movimento passiva e ativa são componentes importantes de qualquer plano de tratamento da função motora. A facilitação e inibição neuromuscular, o posicionamento e a imobilização são modalidades viáveis para normalizar o tônus conforme necessário. O treinamento da marcha, o uso de assistência para andar, o treinamento em planejamento motor, bem como exercícios de equilíbrio e a resistência podem ser adequados para lidar com os pacientes com AIDS.
As terapias com exercícios e movimento em grupo podem fornecer a socialização necessária para promover um engajamento a nível social e profissional do paciente com HIV. O tratamento da reabilitação/promoção concentra-se em deficiências específicas, incapacidades e ramificações psicossociais da infecção. Compensações, mobilidade, treinamento em AVD´s (Atividades de Vida Diária), e controle da dor constituem um plano de tratamento bem desenvolvido. Estudos vêm demonstrando que o uso adequado do exercício pode ser uma estratégia útil para reduzir o risco de doenças cardiovasculares em homens e em mulheres HIV-positivas com redistribuição de gordura; além de normalizar a pressão sanguínea, o peso, os níveis de lipídios nos pacientes e aumentar a sensibilidade à insulina. Atividades aeróbicas, de resistência, ou de treinamento combinado têm sido discutidas como uma proposta terapêutica complementar para reduzir os agravos das doenças cardíacas em indivíduos HIV/AIDS.
O treinamento contínuo de exercícios aeróbios pode aumentar o número de TCD4, fortalecendo o sistema imunológico e retardando a evolução do quadro clínico da AIDS. Os autores recomendam que os indivíduos comecem a praticar atividade física, preferencialmente, tão logo conheçam a sua condição sorológica de soropositivo, como uma forma de amenizar ou evitar determinadas futuras limitações do organismo humano.
Em uma pesquisa feita na base de dados da Cochrane foi observado em uma revisão no ano de 2004, 7 experimentações clínicas randomizadas que concluem que exercícios realizados no mínimo 3 vezes por semana durante 4 semanas demonstram ser eficazes nos pacientes com HIV/AIDS, e podem melhorar a manutenção do peso de corporal, aumentar a massa magra corporal, e a força. Alguns autores indicam que o treinamento físico moderado pode melhorar a condição física, psicológica e imunológica de indivíduos com AIDS.
A intencionalidade do movimento, proporcionada pela atividade física, significa a intenção de cuidar-se e de continuar vivendo. A motricidade humana como intencionalidade original e, a aprendizagem de um movimento ou a aquisição de um hábito motor ocorrem, quando são incorporados pelo corpo ao seu mundo. A soropositividade não se constitui em motivo para interromper a atividade física, abstraindo-se então, que esta atividade é relevante para a manutenção da qualidade de vida dos indivíduos nesta condição sorológica.
A corporeidade é a forma de o homem ser-no-mundo, tornando-se impossível a existência do homem no mundo sem um corpo. O corpo é como o veículo do ser no mundo, onde ter um corpo é, para uma pessoa viva, o juntar-se a um mundo definido, confundir-se com alguns projetos e engajar-se continuamente a eles.
O corpo transmite uma imagem que se constitui em um sistema de valores. A imagem corporal é como a síntese viva das experiências emocionais inter-humanas. A imagem corporal é uma construção simbólica da pessoa, a partir do olhar do outro, sendo especificamente para o soropositivo e o doente de AIDS o passaporte para a sua integração à sociedade de pessoas “saudáveis”. Já a imagem corporal como um sistema aberto em relação com o mundo, com novas experiências que levam às novas significações.
O enfraquecimento físico provocado pelo vírus torna difícil à pessoa investir e responder a todas as exigências necessárias à manutenção de uma relação de igualdade com o outro. Essas relações vão minimizar, ou mesmo desaparecer, para dar lugar a relações fundadas sobre laços de socialização, os quais tendem a resistir e a se fortalecer com a doença.
O exercício de certas atividades permite ao indivíduo debilitado romper com o sentimento de incompletude gerado pela situação de doença. Pelo próprio fato de os doentes viverem um tempo que se repete sempre da mesma maneira, eles podem se deixar levar por pensamentos suscetíveis de enfraquecer sua auto-estima. Tal enfraquecimento pode alterar também seu corpo físico, para evitar isso eles têm necessidade de preencher todo seu tempo livre, de forma a ocupar seu espírito. Manter-se ocupado torna-se uma tarefa difícil, principalmente para quem já se encontra num estado da doença que impede a realização de algumas de suas antigas tarefas; ou até mesmo para os que atravessam períodos em que não se sentem doentes.
Uma avaliação específica da doença é requerida para ajudar na determinação da prescrição do exercício. O teste cardiopulmonar deve ser executado para obter valores cardiovasculares da linha de base, tais como VO2 submáxima, junto com a monitoração cuidadosa de sinais vitais, o paciente necessita ser educado a manter uma dieta de elevada-caloria durante o programa de exercício.
Através do trabalho de recondicionamento físico por meio de exercícios, há referências que apontam que, os músculos podem trabalhar com menos esforço em proporção ao esforço máximo despendido para concluir qualquer tarefa ventilatória. O treinamento resulta em aumento significativo da força dos músculos inspiratórios.
O programa de exercício deve promover uma atividade individual e equilibrada projetada à aumentar a capacidade aeróbica, a função do músculo, a flexibilidade, e a habilidade funcional. O fisioterapeuta deve enfatizar e educar o paciente na importância do exercício consistente e moderado. Idealmente, os indivíduos com HIV devem começar a exercitar quando estão ainda “assintomáticos” e adotarem estratégias para ajudar-lhes a manter um programa de exercício durante todo o curso de sua doença.
A necessidade da reabilitação é geralmente, o produto das incapacidades causadas como um resultado preliminar ou secundário da infecção ou de inabilidades do HIV. A intervenção da terapia física pode ser dividida em quatro categorias principais de atividades baseadas em: gerência da dor, manutenção da força e da resistência, auto-cuidado e educação.
O fator principal que norteia o tratamento da dor relaciona-se ao seu efeito na funcionalidade do indivíduo. A dor pode ser a causa preliminar de uma redução de atividade, isto pode conduzir a uma perda rápida da independência. A Fisioterapia pode usar uma combinação de modalidades e técnicas para reduzir a dor. Estes incluem o ultrassom, a estimulação elétrica transcultânea do nervo (TENS) e o laser. A terapia manual pode ser particularmente bem sucedida no myelitis relacionado vírus – doença que envolve o estreitamento/estenose do canal vertebral, que rompe as funções do sistema nervoso central que ligam o cérebro e os membros. As técnicas de liberação miofacial e terapia crânio-sacral foram publicadas também como um recurso terapêutico eficaz no gerenciamento/alívio da dor.
A manutenção da força e da resistência é extremamente importante. Em todos os casos, um programa individualizado de exercício é projetado após a avaliação cinético - funcional cuidadosa e completa da terapia. Alguns estudos demonstraram que a intensidade dos exercícios projetados para o cliente com AIDS são exercícios resistidos leves a moderados (similares aos aplicados para pessoas com doenças crônicas) aos exercícios passivos, que são eficazes quando a força utilizada para terminar um movimento independente venha a faltar. O indivíduo deve ser incentivado a participar de atividades físicas de acordo com sua tolerância, tomando por critério exercícios que devem ser limitados às escalas confortáveis que evitam a fadiga.
As técnicas de auto-cuidado incluem aquelas atividades que se relacionam: vestir-se, ao lavar, a alimentar, à limpeza de feridas, e ao exercício que são empregadas rotineiramente pelo indivíduo; O fisioterapeuta pode utilizar splints, cintas, ou outros dispositivos necessários para manter a função e a independência. As técnicas de conservação de energia são ensinadas também para permitir que a pessoa consiga executar suas tarefas com menos quantidade de esforço desnecessário. A orientação para as pessoas com AIDS e cuidadores é de suma importância, e devem ser educados nos métodos para assegurar-se de que as atividades da vida diária sejam realizadas e a qualidade de vida maximizada. Pois com o progresso da doença, os cuidados transformar-se-ão na parte mais importante no mundo do portador. Devem ser ensinadas as transferências de leito, bem como outras atividades importantes da vida diária. Entretanto, a instrução para proteger a saúde e a segurança do cuidador é tão importante quanto àquela que pertence somente ao indivíduo com AIDS.
Os resultados finais indicaram que há um consenso entre os autores quanto às repercussões clínicas da sintomatologia da “doença” AIDS. Desta forma, o tratamento fisioterapêutico no portador HIV/AIDS, pode colaborar para a manutenção da funcionalidade assegurando melhora da qualidade de vida destes indivíduos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A fisioterapia, ciência de cunho generalista tem como objeto de estudo o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, objetivando preservar, desenvolver e restaurar a integridade de órgãos, sistemas e funções. Desta forma, o tratamento fisioterapêutico para portadores de HIV/AIDS visa proporcionar atividades educativas e terapêuticas voltadas à prevenção das alterações funcionais dos seus portadores incrementando a qualidade de vida física, psíquica e social.
O trabalho de promoção à saúde tem se configurado como um dos elementos, para vencer o preconceito e ter noções de cidadania. A terapêutica pautada nos problemas osteomiarticulares é fundamental na auto-estima, auxiliando na manutenção do tônus muscular e favorecendo a consciência corporal.
No âmbito clínico/ funcional, o profissional de Fisioterapia, inserido em uma equipe multidisciplinar de saúde (públicos/ privados) em HIV/AIDS, pode prescrever condutas terapêuticas de acordo com as necessidades objetivas e subjetivas de cada paciente.
O fisioterapeuta deve compreender a AIDS em todos os seus aspectos: a ação do HIV no organismo humano, os preconceitos da sociedade em relação aos indivíduos infectados pelo vírus HIV e a perda da identidade do doente de AIDS, procurando atualizar os conhecimentos nos aspectos que envolvem este fenômeno. A realização deste trabalho proporciona discutir a fisioterapia no contexto do HIV/AIDS contribuindo para vencer o velho modelo biomédico assistencial.
Independente do âmbito de atuação, este profissional deve compreender a concepção filosófico-antropológica da terapêutica no contexto da AIDS, para que possa realizar uma intervenção profissional relevante, proporcionando desta forma, a melhoria da qualidade de vida aos soropositivos e doentes de AIDS.

HIV e a Eletromedicina

Descobriu-se que quantidades muito pequenas de eletricidade (apenas cem micro-ampères) estão além do nível de tolerância de formas de vidas patogênicas. E provaram poder matar ou desvitalizar hiv, herpes e causadores de tuberculose, hepatite, gripes, resfriados, bem como outros vírus, fungos, parasitas e bactérias do sangue e outros fluidos do corpo humano.
Médicos do albert einstein college of medicine de nova iorque provaram que diminutas correntes elétricas tornam sem eficácia qualquer bactéria, fungo, vírus ou parasita, sem causar danos ao sangue ou fluidos do corpo. Esses médicos informam que a quantidade de eletricidade usada não passa de dois milésimos de um ampère (que se reduzem a uns cem microampères até atingir a corrente sngüínea).
No entanto, pesquisadores e cientistas independentes já conseguiram provar que técnicas eletromédicas  “in vivo”  não são apenas seguras para seres humanos, como também funcionam bastante bem em infecções sistêmicas, sem implantes cirúrgicos invasivos ou elevados custos hospitalares.
Recentemente, diversos documentos de patentes norte-americanas e internacionais têm relatado que quantidades muito pequenas de eletricidade são intoleráveis para a vida microbiana. Essas forças elétricas comprovaram poder matar ou desvitalizar bactérias, vírus, fungos e parasitas no sangue e em fluidos do corpo, sem efeitos adversos a células saudáveis normais e/ou à função biológica do sangue ou dos líquidos do corpo humano.
A patente norte-americana nº 05188738, concedida em 1993 e pertencente aos médicos do Albert Einstein Medical Center anteriormente mencionados, descreve um aparelho de uso “in vitro” (fora do corpo) para remover sangue de um braço, eletrificá-lo e retorná-lo em estado não patogênico ao outro braço, num processo semelhante à hemodiálise. Essa patente também descreve a proposta de uma técnica “in vivo” (no corpo), pela qual um dispositivo funcionando à pilha e similar a um marcapasso cardíaco é implantado cirurgicamente.
O Dr. Steven Kaali, um dos detentores da patente adianta que o seu aparelho passará ainda muitos anos em teste até que possa ser utilizado “in vivo”, embora nenhum efeito colateral prejudicial ou mutações patogênicas tenham sido constatadas. Enquanto isso, portadores de doenças graves e que já esgotaram os recursos de terapias farmacêuticas, lutam por suas vidas, sem saber da existência de terapias eletromédicas que poderiam muito bem ajudá-los.
Cientistas, médicos e pesquisadores individuais, trabalhando de forma independente, relatam que suas técnicas “in vivo” são absolutamente seguras e altamente eficazes. No entanto, a agência Food and Drug Administration (FDA) dos EUA vem emitindo advertências a esses pesquisadores de que eles podem ser processados judicialmente por apregoarem benefícios decorrentes dessa tecnologia.
A FDA e a Associação Médica Americana (AMA) têm abafado e reprimido a divulgação das informações coletadas durante os últimos anos por um grande número de cientistas, pesquisadores e clínicos sobre a eficácia e a segurança das técnicas “in vivo”, apesar dos surpreendentes resultados alcançados em seres humanos. Enquanto os testes das técnicas “in vivo” nunca foram aprovados, as ameaças de prisão e de suspensão da habilitação pairam constantemente sobre esses profissionais.
Segundo o cientista Bob Beck, doutorado em ciências e responsável pelo projeto de duas técnicas simples de eletrificação “in vivo” do sangue, muitos pacientes portadores de HIV/Aids que utilizaram seus métodos alcançaram contagem viral não detectável (comprovado pelo teste PCR), com uma terapia de duas horas por dia e duração de 4 a 8 semanas. Apesar disso, ele se diz constantemente ameaçado pelas autoridades.
O Dr. Beck é talvez o maior crítico de uma suposta conspiração farmacêutica para desacreditar e abafar o movimento eletromédico. Registros indicam que, em 1930, o Relatório Flexnor classificou como charlatanismo o uso de eletricidade na medicina, enquanto convenientemente introduzia a nova era do antibiótico, a “droga maravilhosa”. Naquela ocasião, somente nos Estados Unidos cerca de 10.000 profissionais da área médica já acreditavam na eletromedicina e a praticavam. Eles foram forçados a suspender essas atividades, sob pena de perderem a habilitação profissional.
No artigo “Um Remédio Chocante”, publicado em 1993 no jornal Post-Intelligencer (Seattle, EUA) a Dra. Leanna Standish, atualmente a mais importante pesquisadora nessa área, declarou “Vivemos um momento muito empolgante na história da medicina – estamos começando a perceber o organismo humano como um sistema biolétrico, e não apenas como uma estrutura anatômica. Acho que muitos anos ainda passarão até que possamos entender completamente as suas ramificações.”  Standish é doutora em neurociências.

Desde 1993 os modernos profissionais estão convencidos de que a eletricidade pode representar uma força vital na cura de doenças. Eles se deram conta de que aplicações tidas como muito futuristas, como a reversão de danos causados à medula, bem como a cura do câncer e da Aids, poderiam ser alcançadas através de uma nova compreensão do conjunto de circuitos elétricos do corpo humano. Não estamos falando de aplicações “atualizadas” de registros do século I antes de Cristo, onde se descrevem técnicas utilizando enguias-elétricas para aliviar a dor e curar doenças.
Em 1997, a Conferência da Sociedade Austríaca de Oncologia sobre “Física Quântica na Medicina – O Paradigma do Próximo Milênio”, da qual participaram oncologistas alemães e austríacos, concentrou-se na integração entre descobertas biolétricas e terapias convencionais no tratamento do câncer. A conferência teve início com uma ampla introdução à física da eletromedicina e seus benefícios. O encontro representou um gigantesco passo em direção à integração entre a eletromedicina e a medicina convencional.
Aquilo que apenas se avizinhava por ocasião da publicação do artigo no Post-Intelligencer de Seattle (1993), pode já ter chegado e estar aqui, agora. Na Internet, um site biolétrico diz  “Somente o tempo dirá se uma terapia eletromédica combinada diária e de longo prazo (90 a 120 dias) poderá eliminar completamente infecções por HIV (na verdade curando totalmente os pacientes), ou se tratamentos intermitentes serão necessários para manter as infecções em níveis não detectáveis no cérebro, no sangue, nos fluidos do corpo, nas medulas dos ossos e nos tecidos.”  A atitude entre todos os pesquisadores da eletromedicina é absolutamente positiva – eles sustentam que, autorizadas ou não, essas técnicas têm apesentado um índice notavelmente baixo de insucessos .
Afirmam os praticantes da eletroterapia que, mesmo nas piores situações de HIV – com contagem viral superior a 1 milhão por mililitro e a presença de severa deterioração física – essas terapias sinérgicas produzem uma abrupta e quase imediata queda na carga viral, com uma correspondente repercussão na função do sistema imunológico.
Outro proponente apresentou a hipótese de que, caso o HIV permaneça escondido em áreas não alcançadas pelo eletromagnetismo (neste caso pulsações eletromagnéticas de alta potência), sendo HIV ou hepatite positivo, a longo prazo o problema pode transformar-se mais num incômodo do que uma doença com risco de vida. Afirma-se ainda que com autotratamentos periódicos os vírus deverão permanecer não detectáveis. Teoricamente, dizem, os níveis virais ficam tão baixos com as eletroterapias combinadas que os pacientes podem muito bem serem declarados não contagiantes, embora ainda tecnicamente sejam HIV ou hepatite positivos.
Tem sido amplamente divulgado pelos profissionais que certas terapias eletromédicas reduzem rápida e grandemente a severidade e a freqüência dos surtos de herpes, com alguns pacientes crônicos atingindo remissão total.
Um entendimento comum a todos os praticantes de eletromedicina é de que os tratamentos são totalmente seguros e parecem estimular o sistema imunológico, intensificando assim a imunorresposta a todos os invasores. Então os tratamentos elétricos eliminam as doenças diretamente, revivendo o sistema imunológico, ou é a resposta ao estímulo do sistema imunológico que elimina os invasores? Eles dizem que parece tratar-se de uma combinação das duas coisas, embora aparentemente ninguém saiba realmente com certeza, até agora.
Se ficar mesmo comprovado que as terapias eletromédicas são superiores às terapias farmacêuticas convencionais nas infecções microbianas, estaremos certamente nos dirigindo ao que se poderia chamar de uma “revolução médica”, algo que, compreensivelmente, não seria bem recebido pela indústria farmacêutica.
Há dois livros sobre o assunto – “The Cancer Cure That Worked: Fifty Years of Supression” (A Cura do Câncer Que Funcionou: Cinqüenta Anos de Repressão), por Barry Lynes, e “The Body Electric” (O Corpo Elétrico), do Dr. Robert Becker, ambos bem escritos e bem pesquisados. O livro de Lynes concentra-se na vida de Raymond Rife e sua “cura” do câncer via freqüência elétrica. A terapia foi testada exaustivamente e com sucesso pela University of Southern California, na década de 1930. O segundo livro, escrito pelo Dr. Becker (um médico norte-americano), trata das últimas descobertas e do uso da eletricidade na medicina. Algumas das aplicações (como regeneração de nervos, ossos e membros), embora pareçam meio futuristas, têm sido realmente efetuadas.
A documentação sobre as patentes e livros aqui mencionados, bem como outras descobertas médicas que se dizem essenciais para melhorar a saúde (algumas delas substanciadas pela Smithsonian Institution, University of Southern California, University of California, Los Angeles Medical Center) podem ser encontradas na Internet.

AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma manifestação clínica avançada da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV-1 e HIV-2). Geralmente, a infecção pelo HIV leva a uma imunossupressão progressiva, especialmente da imunidade celular, e a uma desregulação imunitária. Tais desregulações e supressões imunitárias acabam por resultar em infecções oportunístas, neoplasias e/ou manifestações (demência, caquexia, trombocitopenia etc.) que são condições definidoras de AIDS, quando em presença da infecção pelo HIV.
A AIDS, como doença totalmente manifesta, caracteriza-se por contagens de linfócitos T CD4+ abaixo de 200/mm3 (milímetros cúbicos), sendo frequentemente associada a doenças vistas especificamente em pacientes com grave disfunção imune celular. Geralmente subdivide-se a AIDS em dois estágios: doença do HIV sintomática tardia e doença do HIV avançada. A doença tardia do HIV caracteriza-se por complicações infecciosas secundárias usualmente tratáveis, como reativação de tuberculose, pneumocistose pulmonar, candidíase esofágica, toxoplasmose etc. Já os pacientes com doença avançada do HIV costumam desenvolver doenças mais refratárias, como retinite citomegálica, micobacteriose do complexo avium-intracelulare, leucoencefalopatia multifocal progressiva, linfomas etc.
Uma infecção comum, que numa pessoa sem AIDS possa ser curada facilmente, pode se tornar fatal para uma pessoa contaminada com o HIV.
O advento da terapia anti-retroviral e das profilaxias tem modificado substancialmente a história natural da AIDS, aumentando a sobrevida média. 

Sinais e Sintomas

ESTÁGIO 1 - Tempo aproximado: de semanas a 6 meses

Você parece sadio. O teste da AIDS pode dar negativo. Mas mesmo parecendo sadio e com o teste negativo você já pode transmitir o vírus a outras pessoas.

ESTÁGIO 2 - Geralmente pode levar de 1 ano a 5 anos (ou mais)

Você mantém a aparência saudável mas o teste da AIDS já dá positivo. Você é um portador do HIV.

ESTÁGIO 3 - Não tem tempo determinado: pode aparecer em meses ou anos

A AIDS é um mal que se disfarça muito bem no organismo da pessoa contaminada. É importante notar que muitos dos sinais e sintomas da AIDS podem ocorrer por causa de outras doenças comuns em nosso meio. Isso significa que a presença de um ou outro dos sinais ou sintomas citados a seguir não quer dizer que a pessoa está contaminada com vírus da AIDS.
Neste estágio alguns sinais e sintomas podem sugerir a contaminação pelo HIV:
* Cansaço e fraqueza anormais para desenvolver as atividades habituais;
* Emagrecimento sem causa aparente;
* Febre contínua, suores noturnos;
* Ínguas que duram mais de três meses;
* Tosse seca, prolongada, sem ter bronquite ou ser fumante;
* Sapinho na boca;
* Diarréia prolongada;

ESTÁGIO 4 - Pode ocorrer no período de meses ou anos

Por ter queda nas defesas do corpo, a pessoa contaminada com o vírus da AIDS facilmente pega outras doenças graves, que poderão levá-lo à morte. As mais comuns são pneumonia, câncer, diversos tipos de infecções e problemas no cérebro. Nesta fase é que se diz geralmente que a pessoa já está com AIDS. Entre uma complicação e outra, o portador de AIDS pode apresentar aparência de saúde razoável, pelo menos no começo.
Se alguém estiver desconfiado de que está com o vírus porque teve um comportamento de risco (sexo sem proteção ou compartilhamento de seringas e agulhas, por exemplo), é importante consultar um médico ou então um serviço de saúde especializado que possa tirar todas as dúvidas e até realizar o teste da AIDS.

Contágio

1 - Nas relações sexuais - Sexo anal, vaginal ou oral, no qual um dos parceiros esteja contaminado.
2 - Nas transfusões de sangue, quando o sangue estiver contaminado.
3 - Nas práticas de compartilhar agulhas e seringas (duas ou mais pessoas usarem uma só), especialmente no uso de drogas injetáveis, quando um dos usuários estiver contaminado.
4 - Materiais de acupuntura, tatuagens e outros objetos perfurantes e cortantes também podem representar perigo.
5 - Da mãe para o filho durante a gravidez, parto e amamentação, se a mãe estiver contaminada.
Por ser um vírus alojado dentro da célula, o HIV é transmitido de modos muito específicos, no contato direto da corrente sanguínea com determinados fluidos corporais onde circulam os linfócitos portadores. Os fluidos corporais que contém o HIV em quantidades suficientes para a transmissão são o sangue, o esperma, a secreção vaginal e o leite materno. O contato destes líquidos com a pele íntegra não transmite o vírus, ele só é transmitido quando há uma passagem direta para a corrente sanguínea.
O HIV é um vírus "anorexígeno", isto é, ele não sobrevive fora da célula, em contato com o ar. Portanto ele não se transmite através de beijos, carícias, talheres, copos, tosse, espirro, lágrima, suor, picada de insetos, animais domésticos, piscinas, contato cotidiano, ou quaisquer outras práticas que não envolvam trocas dos fluidos corporais mencionados acima.

A transmissão do HIV pode ser evitada das seguintes formas:

Sexo Seguro: Com o uso de preservativo (incluindo sexo oral).

Evitando compartilhar objetos perfuro-cortantes que entrem em contato direto com sangue, principalmente seringas. Caso estes objetos não sejam descartáveis é recomendável que se faça uma esterilização simples (fervendo, passando álcool ou água sanitária). É sempre preferível que se utilize apenas seringas e agulhas descartáveis.

Evitando receber doações de sangue e derivados, esperma ou órgãos que não tenham sido testados para o HIV.

Lembramos que uma mulher grávida pode transmitir o HIV para o seu filho, durante a gestação, no momento do parto ou amamentando-o. Caso uma mulher soropositiva queira engravidar é importante que ela procure orientação médica especializada pois há formas de reduzir o risco de transmissão para o bebê.

Uma outra informação importante: a camisinha, embora não seja 100% segura, é extremamente segura quando utilizada corretamente. A maior causa de rompimento são os erros na sua utilização. Muitos portadores do HIV têm vida sexual ativa, sem que isto represente um risco para os seus parceiros.

Exames

Existem três tipos de exames comumente utilizados para a detecção do HIV:

Elisa- É o exame mais utilizado, adotado principalmente para a triagem inicial. Devido a sua alta sensibilidade, pode apresentar resultados falso-positivos e por isso precisa ser confirmado com outra técnica. A maioria dos laboratórios já realiza esta confirmação automaticamente.

Imuno-Fluorescência- É um exame confirmatório e deve ser realizado após um resultado Elisa positivo.

Western-Blot- É também confirmatório, um pouco mais preciso que o de Imuno-Fluorescência, pois identifica componentes específicos do vírus. É o mais amplamente adotado para confirmar um resultado positivo de Elisa.

Existem ainda, outros exames que podem detectar diretamente o vírus, ao contrário dos anteriores, que detectam o anticorpo correspondente ao vírus. São técnicas caras, normalmente só realizadas em pesquisas e não estão disponíveis na rede pública, como por exemplo o PCR e o P24.
Importante: A Janela Imunológica é um período de 3 semanas a no máximo 6 meses logo após a exposição ao HIV, em que o resultado do teste pode não ser positivo, mesmo que o vírus esteja presente. Este é o tempo que o organismo leva para produzir os anticorpos para o HIV, que são detectados com os três exames de rotina descritos acima
Os exames de contagem de células CD4+/CD8+ e de quantificação de carga viral são necessários para indicar início de terapia anti-retroviral e para o acompanhamento periódico dos resultados obtidos com o tratamento. Esses exames são sempre solicitados pelo médico que acompanha o paciente na rede pública e cada unidade tem sua referência para marcação e agendamento dos exames.

Período de Incubação

É o tempo que vai do momento em que a pessoa entra em contato com o vírus até o aparecimento dos primeiros sintomas. Este tempo é variável no caso da AIDS. Nele, a pessoa contaminada já pode passar a doença para outras pessoas sadias através da relação sexual e do sangue. Por isso é importante o uso da camisinha em todas as relações sexuais, mesmo que os parceiros tenham aspecto saudável.

Janela Imunológica

É o período que o teste da AIDS pode dar negativo mesmo a pessoa estando infectada e transmitindo o vírus. O organismo leva um tempo para desenvolver os anticorpos que serão detectados pelos exames, tempo esse relativo de pessa para pessoa. Tempo aproximado: de semanas até 6 meses.

Diagnóstico

A única forma de sabermos se estamos ou não com o vírus da AIDS é por meio do teste anti-HIV.
O teste é realizado com uma pequena quantidade de sangue retirado da veia e analisado em laboratório. Esse teste vai mostrar se estamos ou não infectados pelo HIV.
Quando o nosso organismo entra em contato com o vírus da AIDS (HIV) ele produz anticorpos e o teste vai detectar se esses anticorpos estão ou não presentes no nosso sangue. Portanto, para que esse teste seja confiável devemos realizá-lo após pelo menos três meses depois da última situação de risco. O teste está disponível em vários serviços de saúde que atendam casos de DST. Existem ainda os Centros de Testagens Anônima - CTA e os Centros de Orientação e Aconselhamento Sorológico - COAS onde qualquer pessoa que tenha se exposto a uma situação de risco pode fazer o teste de maneira sigilosa e anônima. Nesses serviços você vai encontrar profissionais preparados para falar com você sobre DST/AIDS.
É bom lembrar que atualmente existem medicamentos eficazes no tratamento da aids e é extremamente importante saber se a pessoa está infectada para que se possa iniciar o tratamento o quanto antes.


Os seguintes grupos tem um alto risco de infecção


Seu tratamento inclui:

- Testes laboratoriais para verificar o funcionamento do sistema imunológico, a quantidade de
- pneumonia
- tuberculose

- toxaplasmose(evite carne crua e caixas de areia de gatos)
- tétano

- hepatite
B
- resfriados
- tratamentos para infecções oportunistas e tumores a medida que se desenvolvem.

A contagem do linfócito
CD4 é um teste laboratorial muito importante. As células CD4 são do tipo glóbulos brancos. Eles são os melhores indicadores de como está funcionando o sistema imunológico da pessoa
HIV positivo. Se a primeira contagem das células CD4 é maior que 60 por microlitro de sangue, o teste deve ser repetido a cada 6 meses.

O teste de carga viral mede a quantidade de HIV
no seu sangue. Níveis acima de 10.000 viral copies por mililitro de sangue são considerados alto e normalmente requerem tratamento imediato.

A contagem CD4 e o teste de carga viral são os critérios mais comuns para decidir quando começar o tratamento com as drogas anti-vírus e anti-pneumonia Zivodine 9AZT0 que é prescrito quando a contagem do CD4 cai abaixo de 500 ou a carga viral é maior que 10.000. AZT é ainda a droga mais administrada na maioria dos casos. Seu médico pode prescrever didanosine(ddi) ou dideoxycytidine (ddc). Também é comum começar o tratamento com duas ou mais drogas, como AZT e lamivudine (3TC).

Drogas como AZT, ddi, e os novos inibidores de protease são muitas vezes prescritos para pessoas em ambos estágios (inicial ou avançado) da infecção por HIV
 pois podem retardar o começo da doença, embora não promova a cura. Muitas outras drogas e combinações de drogas têm sido prescritas ou investigadas.

O tratamento com drogas para prevenir Pneumonia deve ser iniciado quando a contagem do CD4 é menor que 200. Pode ser iniciado antes, se tiver histórico de PCP anterior.

Problema de visão são muitas vezes indicadores de infecção
oportunistas em indivíduos HIV positivo. Diga ao médico imediatamente se apresentar sintomas tais como visão embaralhada ou perda parcial da visão.

Procure fazer o tratamento em clínica que utilize a concepção gerencial no cuidado dos casos. Esta aproximação enfatiza o cuidado de equipe coordenado por um gerente de casos. O gerente ajuda na comunicação com todos que estão envolvidos no tratamento. Outras vantagens incluem:

- Cuidado médico atualizado será disponibilizado.
- Tratamento de ambos aspectos: médico e social.
- Ajuda de recursos locais (médico, social, financeiro).

Como manter-se atualizado a respeito dos tratamentos para infecção do HIV?

As pesquisas continuam aumentando o conhecimento do vírus
da imunodeficiência humana. Como resultado disso, tratamentos recomendados têm mudado muitas vezes. Estar a par destas mudanças pode ser difícil e frustrante. Você pode procurar manter-se atualizado com a ajuda do seu médico que deverá sempre estar a par das mudanças que possivelmente ocorrerão.
HIV presente no sangue e para constatar a provável presença de infecções ou outros problemas médicos.
- Tratamento antiviral, como as drogas zivodine (também chamado ZDV ou AZT), didanosine (ddi),lamivudine(3 TC), e nunca inibidores protease.- Exames dentários regulares por que pessoas que são HIV
positivo tem um alto índice de anormalidade bucal, incluindo doença da gengiva.
- Tratamentos preventivos para doenças como:
do HIV
e possivelmente podem desenvolver AIDS:

- homens homossexuais ativos
- homens bissexuais e seus parceiros
- usuários de drogas intravenosas e seus parceiros sexuais
- pessoas que dividem agulhas(para uso de drogas, tatuagens, ou aplicação de piercing)
- heterossexuais com mais de um parceiro sexual
- pessoas que receberam transfusões de sangue ou produtos de sangue, especialmente aqueles que receberam transfusões de emergência de sangue não examinado e pessoas que receberam transfusões em países onde o sangue não é rigorosamente examinado.
- pessoas que tem relação sexual com imigrantes de áreas com muitos casos de AIDS (como Haiti e África Central)
- pessoas que tiveram relações com parceiros infectados com HIV
- bebês que nasceram de mães infectadas com HIV


Como proceder o tratamento?

O vírus HIV-1 e HIV-2

O vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2 são membros da família Retroviridae, na subfamília dos lentivírus. Vários estudos epidemiológicos têm demonstrado que a via sexual é a forma de transmissão predominante do HIV, através da exposição a secreções contagiosas que contenham o vírus e/ou células infectadas. Outra forma significativa de transmissão ocorre através de exposição parenteral a sangue, hemoderivados ou tecidos infectados pelo HIV, assim como também desta forma ocorre a transmissão perinatal. Apesar de já se ter isolado o HIV a partir de secreções e tecidos de diversas origens, o potencial de infectividade destas fontes de isolamento mostra-se bastante limitado. Por exemplo, a saliva contém enzimas e outras substâncias que inativam o HIV, sendo, portanto, muito improvável que o transmita. O contato casual não é associado à transmissão do HIV, devido à não exposição, nestas circunstâncias, ao sangue ou a outros fluidos corporais contagiosos. Estudos epidemiológicos e parasitológicos têm refutado a teoria de que mosquitos e outros insetos pudessem ser vetores de transmissão do HIV.
    Em 1986, foi detectado em Lisboa, Portugal, em indivíduos procedentes de Guiné-Bissau e Cabo Verde (ilhas portuguesas situadas a oeste da África Ocidental), um novo retrovírus humano, chamado HIV-2.
    Posteriormente, em 1987, o HIV-2 foi detectado em seis diferentes países europeus. Em junho de 1987, o HIV-2 foi detectado por Veronesi e Cols, pela primeira vez nas Américas, em São Paulo, Brasil.
    O HIV-2 é extremamente raro entre doadores de sangue dos EUA (três positivos entre 74 milhões de doadores de sangue e plasma). Também no Brasil é raro o encontro de HIV-2 em bancos de sangue.

O vírus HIV

O HIV, do gênero Lentivirus, é um retrovírus. Ele possui duas fitas idênticas de RNA, a enzima transcriptase reversa em emvelope de fosfolipídeo. O envelope tem espículas denominadas gp 120 (glicoproteína com peso molecular de 120.000). As espículas permitem ao vírus fixar-se ao receptor CD4, nas células do hospedeiro. Os receptores CD4 são encontrados nas células T auxiliares, nos macrófagos e nas células dendríticas - os principais alvos da infecção por HIV.
A fixação do vírus é seguida pela entrada na célula do hospedeiro. Na célula do hospedeiro, o RNA viral é liberado e transrito em DNA pela enzima transcriptase reversa. A seguir, esse DNA viral torna-se integrado ao DNA cromossômico da célula do hospedeiro. O DNA pode controlar a produção de uma infecção ativa, em que novos vírus brotam da célula do hospedeiro.
Alternativamete, esse DNA integrado pode não produzir novos HIV, mas permanece escondido no cromossomo da célula do hospedeiro como um provírus. Como provírus, ele não é detectado pelo sistema imunológico. O HIV produzido na célula do hospedeiro não é necessariamente liberado pela célula, mas pode permanecer como vírion latente em vacúolos dentro da célula. De fato, um subconjunto de celulas infectadas por HIV, ao invés de serem mortas, torna-se células T de memória de vida longa, onde o reservatório de HIV latente pode persistir por décadas. Essa capacidade do vírus de permanecer como um provírus ou vírus latente dentro das células hospedeiras é uma razão importante pela qual os anticorpos anti-HIV desenvolvidos por indivíduos infectados falham em inibir a progressão da infecção. Outro modo pelo qual o HIV se oculta do sistema imunológico é pela fusão de uma célula com outra, através da qual o vírus se move de uma célula infectada para uma célula adjacente não-infectada.
O vírus também engana as defesas imunológicas sofrendo rápidas alterações antigênicas. Os retrovírus de RNA, com a etapa da enzima transcriptase reversa, possuem uma alta taxa de mutação comparados ao vírus de DNA. Eles também não têm a capacidade de correção por contraprova dos vírus de DNA. Como resultado, uma mutação é provavelmente introduzida em cada posição no genoma do HIV muitas vezes por dia em uma pessoa infectada. Isso pode levar a um acúmulo de 1 milhão de variantes do vírus em uma pessoa assintomática, e 100 milhões de variantes nos estágios finais da infecção. Esses números dramáticos ilustram os problemas potenciais da resistência a drogas e os obstáculos ao desenvolvimento de vacinas e testes diagnósticos.

A infecção da célula hospedeira

As partículas virais penetram no organismo hospedeiro de várias formas:
1)      Inalação de gotículas;
2)      Alimentos e água;
3)      Transmissão direta a partir de outro hospedeiro infectado;
4)      Picada de artrópodos vetores.
Os vírus, assim como todos o patógenos, normalmente infectam apenas uma espécie ou um grupo restrito de espécies hospedeiras. A base inicial de especificidade é a capacidade da partícula viral em se fixar à célula hospedeira, ou seja, depende da morfologia do revestimento da partícula viral (envelopados ou não envelopados) que interage com as moléculas da membrana celular da célula hospedeira, assim como mostra a seguinte figura:
RECEPTORES DE MEMBRANA CELULAR PARA VÍRUS
Vírus
Molécula receptora
Influenza
Ácido siálico nas glicoproteínas, incluindo a molécula de Glicoforina A
Raiva
Receptor acetilcolina
HIV
Moléculas CD4 e CXCR4, nas células T, CCR5 nos macrófagos
Epstein-Barr
Receptor de C3d nas células B
Vaccínia
Receptor para fator de crescimento epidérmico
Reovirus tipo 3
Receptor para hormônio β-adrenérgico
Encefalomiocardite
Molécula de Glicoforina A
Rinovírus
Molécula-1 de adesão intracelular


Após a fusão das membranas viral e hospedeira, ou englobamento em um fagossomo, a partícula viral é transportada para o citoplasma através da membrana plasmática. Nesta fase, o envelope e/ou capsídeo são desprendidos, e os ácidos nucléicos virais são liberados. O vírus, nessa fase, não é mais infeccioso; esta ‘fase de eclipse’ persiste até que sejam formadas novas partículas virais completas após a replicação. A maneira pela qual a replicação viral ocorre é determinada pela natureza do ácido nucléico em questão.
Os mecanismos de defesa e a infecção
Quando um patógeno infecta um organismo, os mecanismos de defesa locais podem ser suficientes para impedir a replicação e a disseminação do agente infeccioso. Esses mecanismos fazem parte do sistema de defesa chamado de inato. Entretanto, quando a imunidade inata não é suficiente para bloquear a invasão pelos agentes infecciosos, o chamado sistema imune adaptativo entra em ação. A principal característica de diferencia as respostas imunes inata e adaptativa é que na adaptativa há o armazenamento da memória específica da infecção de modo que, caso ocorra uma infecção subsequente pelo mesmo agente, uma resposta particularmente eficaz entra em cena em muito pouco tempo. Os linfócitos T são os principais elementos do sistema imune adaptativo. Esses linfócitos proporcionam maior resistência após contatos repetidos com um determinado agente infeccioso.


Quando os sistemas imunes são falhos pode haver o desencadeamento da doença no organismo do hospedeiro. A velocidade com a qual as respostas adaptativas do hospedeiro podem ser mobilizadas é crucial.